18.5.10

Vinte e três poucos anos!

A página está em branco, os olhos arregalados. Com abalos sísmicos, de vinte e poucos anos, que embalam puramente um terno caos, adorável e adocicado de aspartame. Viscerais 13 horas que perduram o dia depois de amanhã.

A página ao pouco se esvaece, entre pops, rocks, chicos e clarices. Enfim, bossa, samba, sonho.
De cada pedaço, parte, arte, vento, invento, sofrimento - sonhando com pedaços partidos, de sonhos despedaçados, pelas batidas, pelos frangalhos, pelos cifrões, pelos arranhões.

Verso, peso, prosa, preso. Metades minúsculas, microscópicas, de um quase tudo, de um quase nada, de um quase momento.

O livro toma forma, páginas dançam de um lado pro outro, escolhem o que são, tocando na trilha, samba canção, coroando os dias sem fim, fundamentos felizes de momentos viscerais.

A prosa cálida. O verso manso. O silêncio grita. Amor? Espanta.
Vinte e poucos anos de pura prosa, verso, silêncio e ainda assim, amor.



Claudilene Neves

Um comentário:

  1. Verso, peso, prosa, preso.. Peço, pouco, puros versos... por mais vinte e três anos e mais...

    Débora

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