22.4.11

de mim para eu

Sabe que subo por dezenas desses dizeres teus. Alguns espelhos transformando teus sambas de salto agulha, sobre meus movimentos menos seguros. Não me asseguro, nem me limito em ser só o que posso, ou não posso ser. Não me imito ou me indigno que pouquíssimas tendências falam sobre nossos momentos de interrupção.

Insisto e me magôo. Mas ok, tudo não passa de visitas à francesa e saídas de supetão.

Desisto, mas ainda quero te dizer um monte ... Quero repetir refrões, esvaziar tantos porquês e apagar tantas reticências que sobram e assombram esses momentos infantis, mas te incomoda mais que me incomoda.

Minhas frases de efeito, minhas longas fases e meus defeitos tão bem latentes passando a mão nas minhas qualidades pouco valorizadas no momento.

Tem um vazio gritando em eco, e tudo não passa de insegurança e medo. Uma sequência unilateral de fome e ânsia do que pode e não pode repetir. Eu movimento, comento, argumento e não vejo mais tua bandeira, que por costume era sempre porta de ti.

Não teima, toma os remédios, enfrenta os porquês e não desacostuma das reticências, não põe em desuso as exclamações e os vícios de falar de você e dele, simultaneamente. Na verdade um traço e outro se misturam com alguma facilidade.

Mas é preciso de coragem, aceitar que certas coisas não servem mais, amarra-las dentro de um saco e jogar na solitária; mas retornando de lá e ainda ter fôlego para suportar que certas outras sempre servirão e nunca serão amarradas, e exportadas pra longe de você.

Não é esquecer definitivamente, é encarar definitivamente.

Afinal, é sempre o que a vida quer da gente, só coragem. E bota só nisso.

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